Central
Negros e imponentes
Fitam-me altivos
Os ponteiros da Central
Nuvens cinzas, transeuntes
Largas passadas
Onde largo grossas lágrimas
A calçada portuguesa
As machas do asfalto
A mancha em meu peito
Os prédios, os postes
Observam-me indiferentes
Ante minha marca
Até as poucas árvores
E os pombos famintos
Estremecem de repulsa
Vielas, ruas e praças
Aquiescem meu desalento
E prevejo minha sina
E eu prossigo
Um ente comum
Num dia qualquer
Eu e as lágrimas
A ferocidade do tempo
E recordações tuas
Comentários
e sutil..
tré bien!