Opinião

Jogado num sufoco de palavras

Construídas por gritos furiosos

Irrita-se a minha alma complacente

Desvia-se a visão que tenho do meu próprio mundo

São ideias alheias impostas

São privações do meu direito

Aquele que me dá liberdade

Aquele que me deixa pensar

E o respeito, esse que dizem ter

É justamente o que falta ao julgar

Seres cheios de vaidade

Autossuficientes em suas “opiniões”

Passam por cima do que penso

Esmigalham minha personalidade

Atropelam minha voz

Privam-me de ser eu mesmo

Queira Deus misericórdia para esses

Porque eu mesmo a quero

E sou jogado no fogo

Mesmo não os querendo em juízo

Dizem-se cultos, detentores do saber

Renomados, formadores da moral social

Esses tais safos em manipulação mental

Pregam um “amor” que eu nunca conheci

O amor que conheço é vivo e não hipócrita

O amor que eu conheço é empático e não cruel

O amor que eu conheço é livre e não chantageador

O amor que eu conheço é amor