Demônios
Sim, esses demônios que me consomem o sono
Com suas imagens em flash, descompassadas
Com sua impetuosidade tribal e irremediada
Sim, já não me pertenço e tampouco tenho dono
Sim, o lado místico das coisas
Aqueles fantasmas no escuro
Os seres infames e impuros
Sim, todas as ocultas forças
Sim, essas máscaras horripilantes
Que me abatem em meu cobertor
Que fazem tremer em meu pavor
Sim, afora o Inferno de Dante
Há mais debaixo desse céu
A imaginação não é capaz de supor
A moral, a santidade ou o pudor
Nada desvenda o que há nesse véu
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