Volontairement



Fiz-me do avesso travesso de mim
Ao acaso joguei meus dados
Da sorte colhi todos os dardos
Pra chegar deveras a nenhum fim

Fiz-me de oculto, negro, obscuro manto
Trágico! Informes recordações
Prático! Apegava-me distrações
Pra matar meu antigo riso, meu antigo canto

Fiz-me dos festins babilônicos
Das serestas das sereias
Dos botos e das baleias
Pra no quarto chorar monofônico

Fiz-me ciência de minha própria ciência
Do que quis eu fiz por querer
No que me diz, deixei por saber
Pra voluntariamente incidir minha carência

Comentários

Juan Carlos disse…
muito bom Bruno!;))
nao sabia que vc escrevia tão bem..
continue nesse caminho porque a arte da escrita e a que comunica
mais intensamente
e a poesia fala diretamente a alma das pessoas..
Juan Carlos disse…
Este comentário foi removido pelo autor.

Postagens mais visitadas