Escárnio



Um pouco do pouco que resta
Sempre será a esmo
Nunca será o mesmo
Do muito que muito me presta

São as palavras da boca
São infinitas e flácidas
São tão famintas e plácidas
São só mistérios da vida oca

Vazia se desfaz no ar
No peso de seguir a si
Na ciência de lembrar a ti
Que o fogo fez me consolar

Escarninho evento interior
Que despiu meu muro
Que me transformou impuro
Para torturar meu canto em pavor


Comentários

Postagens mais visitadas