Lua Negra


Na penumbra vem me expiar em pranto
Fria
E denuncia me cobrindo com seu manto
Nua

Vá embora! Ó indiscreta!
Deixe-me só em minha dor secreta

Ouço um triste lobo
Que canta sua sina lúgrube
E eu afundo em lodo
No fundo do bosque fúnebre

Vá embora! Ó indiscreta!
Deixe-me só em minha dor secreta

Ó tingida de morte!
Vá embora, deixe-me só
No escuro da minha sorte
Pra que eu torne ao meu pó

Vá embora! Ó indiscreta!
Deixe-me só em minha dor secreta

Não zombes dos meus olhos carmim
Ó indiferente rainha!
Poupe-me da sua face marfim
E do punhal que desembainha

Vá embora! Ó indiscreta!
Deixe-me só em minha dor secreta

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