Queda
Corrói-me a culpa cruel
Amiga bem merecida
Do castigo de fel
Lembranças atormentam-me
Com remorsos infernais
E os pesares acorrentam-me
Com cheiro repulsivo
Revira-se meu estômago
E vomita impulsivo
Sufoca-me o desespero
E o choro grita na alma
Mórbido e maldito destempero!
Antes fosse eu inocente
E pudesse ser vítima
Mas fui eu! Infiel, indecente...
Ó Deus! Que me restas agora?
Senão voltar-me mais uma vez
E a Ti implorar, o perdão nesta hora
Desprezei ciente, arrogante, insensato
Teu amor infinito
E percebi sujo e nu, o humilhante fato
Desgraçaram-se minhas iniciativas
Todos os esforços que fiz
Sem motivos e justificativas
Perdoe-me Senhor!
Receba-me de volta
Pelo Teu precioso amor...
Far-te-ei retornar
Ao controle do meu coração
E ao desejo de adorar
Por isso, outra vez, corro
E caio aos Teus pés
E pra mim mesmo morro
Em 17 de outubro de 2011
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